Não há dúvidas: a mulher está sujeita ao assédio sexual em todas as carreiras e isso se deve, principalmente, à cultura brasileira de “objetificação do corpo feminino” e pela ideia enganosa de que mulheres “dizem não querendo dizer sim”, já que esse tipo de mentalidade infelizmente permeia toda a sociedade, independente da condição social ou do nível de escolaridade. […]
Segundo a Força Sindical, o assédio sexual é o segundo maior problema enfrentado pelas mulheres no ambiente de trabalho, ficando atrás somente dos baixos salários. O Sindicato das Secretárias do Estado de São Paulo (Sinesp) realizou pesquisa com suas filiadas e destas, 25% disseram ter sido assediadas sexualmente pelos chefes.
Diferença entre Assédio Moral e Assédio Sexual
Assédio moral é a exposição de alguém a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções.
A abordagem indesejada pelo outro, com intenção sexual ou insistência inoportuna de alguém em posição privilegiada que usa dessa vantagem para obter favores sexuais de subalternos ou dependentes, caracteriza-se em assédio sexual.
O assédio sexual não necessariamente é uma conduta repetitiva. Basta um episódio para que se caracterize o delito. O mesmo não se pode dizer do assédio moral. Caracteriza-se frequentemente por um hábito, uma atitude diária e constante.
A violência moral e a sexual no ambiente do trabalho não são um fenômeno novo. As leis que tratam do assunto ajudaram a atenuar a existência do problema, mas não o resolveram de todo. Há a necessidade de conscientização da vítima e do agressor(a), bem como a identificação das ações e atitudes, de modo a serem adotadas posturas que resgatem o respeito e a dignidade, criando um ambiente de trabalho gratificante e propício a gerar produtividade.
Fontes: tst.jus.br/Sintralamac.org.br/Wasser.adv.br