Todo dia me perguntam o que fazer com a sobra do salário mensal.
Olha, poupar já é uma grande virtude, mas poupar e investir são coisas diferentes.
Poupar é não gastar e investir é aplicar no mercado o que não se gastou.
Não basta poupar. Imagine se o dinheiro que sobrasse fosse deixado no guarda-roupa por 10 anos. Quanta perda só por causa da inflação que corrói o poder aquisitivo da moeda.
Agora, a primeira consideração a fazer é: a poupança é para o curto, médio ou longo prazo?
Porque, se errarmos nisso, a tendência é que, ao interromper um investimento, podemos vender na hora errada e pagarmos mais imposto, deixando de lucrar o inicialmente previsto.
Curto prazo é até dois anos: é o dinheiro do qual podemos precisar a qualquer hora. Para uma emergência, como ficar desempregado. Caderneta de poupança e os fundos de renda fixa conservadores são o destino desse dinheiro.
Médio prazo é entre dois e uns sete anos. É dinheiro para comprar uma casa, trocar de carro, e o destino dessa poupança deve ser fundos de investimento um pouco mais agressivos, como multimercados.
Já longo prazo é mais de sete anos. É dinheiro que não vamos precisar, nem podemos mexer, em nenhuma situação além daquela para a qual foi canalizado. Como o dinheiro para a aposentadoria da previdência privada.
Fonte: Renato Follador – CBN