2014 já está se mostrando um ano inspirador para quem trabalha com foco na excelência da gestão. Começa pela divulgação de pesquisa da Serasa Experian realizada a pedido da FNQ – Fundação Nacional da Qualidade. Mostra que o faturamento das empresas que adotam o Modelo de Excelência da Gestão® (MEG), disseminado pela FNQ, cresceu 114,3% de 2000 para cá, enquanto que a receita das organizações que não o adotam aumentou 96,8%. De acordo com o levantamento, as organizações que utilizam o MEG também investem mais e possuem Ebtida (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) superior. Ao mesmo tempo, o IOS – International Organization for Standartization, organização não-governamental sediada em Genebra, já avisou que em 2015 estará integrando as normas técnicas presentes em seus modelos de gestão da qualidade (ISO 9000) e do risco (ISO 31.000). Para os fundos de pensão brasileiros, cada vez mais atentos a um, a outro ou a ambos, a notícia chega numa hora de muitos avanços.
São avanços em entidades como Previ, Petros, Funcef, Valia, Sistel, Forluz, Fibra, Fundação Copel, Economus, OABPREV-SP, Metrus e Faelba. Para esta última, por exemplo, 2014 tem tudo para ser um ano especial. A Faelba completa 40 anos de existência e se prepara para obter a recertificação de qualidade ISO 9001:2008, além de buscar a declaração de aderência à ISO 31000:2009, resultando tudo isto no amadurecimento do sistema de gestão pautado nos requisitos de qualidade e de risco.
O Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) da Faelba foi implantado em outubro de 2011, compreendendo nove processos e 105 procedimentos descritos. Três anos após a certificação, a entidade, que já foi submetida a cinco auditorias internas e três externas com um Organismo Certificador para garantir e assegurar os processos de gerenciamento da qualidade e manter em dia o selo ISO 9001:2008, enfrentará, este ano, a auditoria de recertificação com vistas a ratificar a conformidade do SGQ.
Para o Diretor Superintendente Augusto Reis, da Faelba, a manutenção da qualidade dos processos e procedimentos alcançada deve ser perseguida, buscando o aperfeiçoamento dos serviços prestados pela Faelba e a excelência da satisfação dos seus participantes e patrocinadores. “Esse é um trabalho que está apenas sendo iniciado”, reconhece Augusto Reis, acrescentando que “a sua perenização é a certeza de que a Faelba estará em sintonia com as exigências corporativas futuras que o segmento de previdência complementar demandará das entidades”.
Em julho do ano passado, o Sistema de Gestão de Risco (SGR) da Faelba, com base na ISO 31000:2009, foi implantado. Após seis meses de atividades, com a realização de treinamentos e de workshops envolvendo os colaboradores e a Diretoria, e também da adequação da documentação para o processo de Gestão de Riscos, o SGR está afinal inserido nas rotinas da entidade. As funcionalidades do SGR estão sendo integradas, paulatinamente, à aplicabilidade do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), implantado na Fundação desde 2011.
Em agosto do ano passado foi realizada a primeira auditoria em cumprimento às fases do programa de treinamentos para implantação do Sistema de Gestão de Riscos, baseado na Norma ISO 31000:2009. Esta etapa consistiu numa atividade preparatória com o objetivo de transmitir, aos gestores e colaboradores da Fundação, conhecimentos atualizados sobre Gestão de Riscos, tendo como referência os documentos internacionais que abordam os temas: ISO Guia 73 e as normas ISO 31000:2009 e ISO/IEC 31010:2009 (Técnicas de Avaliação de Riscos).
Os diversos públicos que se relacionam com a Faelba participaram efetivamente do processo, através de consulta, com o objetivo de colher a percepção desses atores sobre o conhecimento dos riscos e o impacto destes nos processos da entidade. Participantes, conselheiros, fornecedores e patrocinador responderam a uma pesquisa, obedecendo as peculiaridades de suas relações com a Fundação. Foi imprescindível a participação de todos tendo em vista a representatividade da amostra exigida pela Norma. Esta iniciativa atende, também, à recomendação do órgão fiscalizador, a PREVIC (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), através da Supervisão Baseada em Risco (SRB), e fortalece a gestão da Faelba, beneficiando as rotinas operacionais, a exemplo das concessões de benefícios e de empréstimos ao participante, entre outras.
Fonte: Diário dos Fundos de Pensão