Você é uma pessoa financeiramente saudável? Quando foi a última vez que fez uma pausa, reuniu os documentos pessoais e financeiros para avaliar sua situação?
Analisar gastos, investimentos, seguros e objetivos não faz parte dos nossos hábitos. As evidências indicam que a maioria das pessoas nunca fez esse exercício, ou fez há muito tempo.
Problemas financeiros, assim como os de saúde, tendem a ser mais facilmente tratados quanto mais cedo detectados. Eric Tyson indica os problemas mais comuns que encontrou trabalhando como conselheiro financeiro no mercado dos EUA.
Conhecendo nossos hábitos e comportamentos em relação ao dinheiro, tendo a dizer que a lista se aplica aos brasileiros também.
NÃO PLANEJAR
As pessoas têm mania de protelar, adiar, deixar para depois. Não por acaso existe “prazo de entrega” e “prorrogação de prazo”. Planejar suas finanças não é divertido como planejar suas férias, mas pode fazer muita diferença mais tarde.
Em relação às finanças, infelizmente não existe prazo de entrega e prorrogações intermináveis. Podemos acumular um saldo devedor crescente no cartão de crédito, ou deixar nossas economias em um investimento medíocre por anos a fio. Planejamento financeiro é um processo dinâmico e para a vida toda.
GASTAR DEMAIS
Muita gente gasta mais do que ganha. Os que poupam, conseguem poupar menos de 5% da renda líquida (já descontados os impostos). Para aumentar nossa capacidade de poupança, podemos trabalhar mais, ganhar na loteria ou gastar menos.
Para a grande maioria de nós, a terceira opção é a chave para a construção de um bom patrimônio, e um bom orçamento é a ferramenta que viabiliza a gestão eficiente das despesas.
CRÉDITO PARA CONSUMO
Financiar a fatura do cartão de crédito ou comprar um carro financiado significa destinar boa parte da renda futura ao pagamento de dívidas contraídas com consumo.
Evite essa armadilha e pague despesas de consumo com dinheiro disponível. Utilize crédito somente para aquisições que constroem patrimônio, como um imóvel, e reduzem despesas, como com o pagamento de aluguel.
APOSENTADORIA
Bom pensar que podemos parar de trabalhar lá pelos 60 anos ou antes, se possível. Para alcançarmos essa meta, precisamos poupar cerca de 10% de nossa renda. E, quanto mais cedo, melhor. Quanto mais tempo adiarmos essa poupança, mais difícil será atingir essa meta. O tempo e os juros são nossos aliados e podem facilitar as coisas.
A SEDUÇÃO DAS OFERTAS
É alta a probabilidade de problema nos negócios “imperdíveis”, que não podem esperar por um período de reflexão ou ouvir uma segunda opinião. Evite os vendedores que adotam esse tipo de abordagem, que pressionam você a tomar decisão, que prometem alta rentabilidade em investimentos e carecem de qualificação profissional para orientar seus clientes.
O JOIO E O TRIGO
Em áreas que não dominamos, corremos o risco de ouvir recomendações de pessoas que julgamos especialistas, mas não são.
Ninguém melhor do que nós mesmos para cuidar de nossas próprias finanças. Devemos nos educar nos assuntos pertinentes, ouvir profissionais qualificados e confiar na nossa capacidade de avaliação e decisão.
ASSUMIR RISCOS ALTOS
A falta de planejamento nos coloca, muitas vezes, em situação vulnerável perante perdas financeiras que podem ser devastadoras.
Falta de seguro, ou seguro com cobertura insuficiente para substituir a renda do provedor da família, não dispor de reserva financeira equivalente a pelo menos seis meses do orçamento familiar, perder o emprego e simultaneamente a cobertura do plano coletivo de saúde.
Não espere uma tragédia acontecer para avaliar seus riscos e se proteger.
DECISÕES EMOCIONAIS
Estamos mais vulneráveis a tomar decisões financeiras equivocadas quando estamos sob pressão, ou após uma mudança importante na vida, como a perda de emprego.
Precisamos ter calma e colocar a emoção de lado para examinarmos os fatos racionalmente e decidirmos sobre as mudanças financeiras que precisam ser feitas.
MUITO FOCO NO DINHEIRO
Não fique deprimido se você se identificou com um ou mais itens dessa lista. Encare os eventuais problemas como oportunidades de melhorar a gestão de suas finanças.
A maioria deles pode ser resolvida com o tempo e mudança de comportamento.
Fonte: Marcia Dessen – Folhapress