Novembro Azul, mundialmente conhecido como Movember – junção de moustache (bigode) e november –, é o nome da campanha internacional voltada à conscientização do câncer de próstata. A escolha desse período está ligada à celebração do Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, que acontece no dia 17 de novembro. Responsável por cerca de 68 mil novos casos por ano no Brasil, o câncer de próstata é o tipo mais comum entre as doenças oncológicas que acometem os homens.
Na luta contra o câncer de próstata, o diagnóstico precoce é fundamental. “A cada 10 casos descobertos logo no início, nove têm sucesso no tratamento”, destaca Dr. Gustavo Cardoso Guimarães, Diretor do Núcleo de Urologia do A.C.Camargo Cancer Center. Os principais exames para diagnóstico precoce da doença são o clínico (toque retal) e o laboratorial (dosagem do antígeno prostático específico, mais conhecido como PSA).
Sem sintomas no início
O câncer de próstata é um tumor de desenvolvimento lento e que não apresenta sintomas em sua fase inicial. Em geral, acomete homens com idade superior a 60 anos e, por essa razão, a partir dos 50 anos o homem deve consultar anualmente o médico urologista com objetivo de diagnosticar precocemente um eventual câncer de próstata.
Em fase mais avançada, esse tipo de câncer pode causar dor ou queimação ao urinar, jato urinário fraco, sensação de que não urinou tudo, presença de sangue no xixi ou incontinência urinária. “Sintomas como esses também podem estar relacionados ao crescimento benigno da próstata, mas é fundamental consultar o urologista para uma avaliação”, recomenda Dr. Gustavo.
Hereditariedade
Importante ressaltar que homens que apresentam casos de câncer de próstata na família têm mais risco para desenvolver a doença, por isso, o acompanhamento com urologista deve começar mais cedo – por volta dos 45 anos. “Um homem que apresente casos da doença em duas gerações passadas corre oito vezes mais risco de ter a doença em relação àquele que não apresenta casos na família”, diz Dr. Gustavo.
Atividade física
Além da hereditariedade, outros fatores que aumentam o risco da doença são alimentação rica em gordura e vida sedentária. Trabalhos científicos com grandes populações, por exemplo, mostram os benefícios da atividade física no combate ao câncer de próstata e dentre eles está um estudo desenvolvido na Universidade de Harvard (EUA), cujo relato aponta que o grupo formado por 2.705 homens com câncer de próstata que se exercitou vigorosamente por três horas ou mais semanalmente teve uma redução de 61% de risco de mortalidade por câncer de próstata do que aqueles com menos de uma hora com a mesma intensidade de atividade.
Sendo assim, a prática de atividade física deve ser levada em consideração para o combate eficiente da doença.
Fonte: Dr. Gustavo Cardoso Guimarães, Diretor do Núcleo de Urologia do A.C.Camargo Cancer Center